- 21 Nov, 2016
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A caixinha está cada vez mais mágica
Esta é uma história de evolução que celebramos neste Dia Mundial da Televisão passando uma vista de olhos à evolução que nos trouxe até aos dias de hoje. Em Portugal a televisão estreou-se em 1957 e só em 1980 foi possível assistir a cores ao festival da canção. Muito andámos desde os dias dos ecrãs a preto e branco, onde a mudança de canal era feita "à mão" ou, para os mais engenhocas, com um cabo de vassoura. Passámos da escolha entre dois canais de televisão, com aviso de fim de emissão à noite, até aos filmes e séries on demand que nunca param, até aos canais pela Internet onde só vemos o que queremos e a programação é feita por nós. A mudança nos conteúdos foi mais que evolução, foi uma revolução. E a tecnologia da caixinha mágica e dos equipamentos que agora a acompanham seguem a par e passo com a diversidade e quantidade de conteúdos que hoje consumimos.
Se nos primeiros anos da caixinha mágica era possível seguir os episódios de "Uma casa na Pradaria" ou da "Lassie" e nem levar a mal se passassem em televisores a preto e branco, hoje sentimos que a experiência não está a corresponder aos limites da sua possibilidade se não tivermos sound-surround quando vemos, por exemplo, os tripods de "A Guerra dos Mundos" começam a rasgar o asfalto e a dizimar a cidade inteira. O espetáculo do possível alargou as suas fronteiras e hoje o cinema em casa é a garantia de que o lazer mora connosco.
A vanguarda de hoje oferece-nos ecrãs curvos onde a experiência é completamente imersiva e com os ajustes ideais pode ser tão envolvente quanto estar numa sala de cinema e ao mesmo tempo tão personalizada quanto é ela que nos permite tornar-nos a nós no centro da sala, somos o ponto para o qual se desenrola a ação.
A acrescentar a esta experiência o desenvolvimento e chegada ao mercado de novas tecnologias que exploram a realidade aumentada e o potencial do virtual com óculos e head-sets específicos para entretenimento. Graças a equipamentos e gadgets como estes podemos esperar que as sensações de "ver um episódio" na televisão se diluam para que possa passar a haver um momento em que "vivemos um episódio" dentro de uma série de televisão. Podemos esperar o momento em que rodeados pelos cenários e personagens possamos interagir, parar a cena, mudar a perspectiva que temos sobre o que está a acontecer. Podemos esperar, por exemplo, colocar em pausa a história para aceder no mesmo ecrã á loja e consultar o preço da camisola que um personagem está a vestir. Podemos ter a assistir connosco aos nossos programas favoritos amigos que não estão nesse momento no mesmo espaço físico que nós. De entre todos os momentos de magia que a caixinha mágica já nos permitiu viver, há a clara promessa de que, o verdadeira espetáculo, ainda está por começar... e vai, claro, passar por aqui.