- 18 Ago, 2016
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Entregas via Drone?
Entregas via Drone? Já estão quase a bater à porta.
Parcelcopter, DomiCopter ou Tacocopter – Há muitos e estranhos nomes para apelidar os drones que fazem entregas e transportam embalagens com encomendas que vão desde comida rápida a medicamentos.
Já em março de 2015, nos Estados Unidos da América, o Tacocopter prometia entregar rapidamente e a um custo reduzido a refeição de tacos em casa de quem a encomendou e os testes até estavam a correr bem. Mas a regulamentação veio bloquear estes voos inaugurais do que parecia ser um grande início para o uso comercial dos drones.
Ainda assim, em usos oficiais, há drones que prestam serviços médicos de urgência entregando desfibriladores nos minutos fundamentais de uma paragem cardíaca, como há os que levam vacinas e medicamentos a locais remotos do mundo onde são precisos, prevendo-se também o desenvolvimento de aparelhos específicos para as missões da polícia ou dos bombeiros. A CyPhy Works, especializada em drones para indústria e empresas, é uma das pioneiras no desenvolvimento da mecânica e das funcionalidades que podemos esperar no futuro (pouco distante) dos drones.
O Project Wing do Google[x] espera começar a realizar entregas já em 2017, numa missão conjunta com a Amazon que afirma que estas entregas podem reduzir o tempo de espera após uma compra online a uma simples meia hora. Até agora, os testes realizados na Austrália (e que levam já uns bons anos) têm tido resultados positivos, sendo que nos EUA os testes contam com a colaboração da NASA, faltando apenas que a legislação alcance a tecnologia.
Também na Austrália, os serviços de correios começam agora novos testes controlados do Post drone. Nestes ensaios são realizadas entregas de pequenas encomendas e espera-se um teste conclusivo até ao final do ano que permita agilizar a chegada de artigos urgentes como medicação ou mesmo órgãos para transplantes que permitem salvar vidas.
Entre as questões a considerar antes de abrir a porta a estas entregas não tripuladas está a segurança, uma vez que sobrevoar áreas habitacionais densamente povoadas, com estes aparelhos, pode implicar riscos para a segurança das pessoas. Por outro lado, há uma economia no custo da mão-de-obra, do transporte e dos combustíveis, podendo reduzir-se também o impacto ambiental dos transportes em massa e personalizando o serviço. De qualquer forma é preciso que cada viagem seja economicamente atraente para o vendedor, sem aumentar os custos para o comprador, para que seja viável o investimento comercial. E uma dimensão mais reduzida da carga pode implicar custos acrescidos para cada rota de entrega o que, até agora não parece ter desencorajado nenhum dos gigantes da indústria que aguardam apenas a aprovação de leis que permitam a descolagem.