- 10 Out, 2016
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A tecnologia que se veste
Os têxteis tecnológicos estão aí. São tecidos que vêm revolucionar a forma como nos vestimos, como decoramos os espaços, como nos movemos e como gerimos as potencialidades dos materiais. Os têxteis inteligentes estão a ser desenvolvidos para responder a diferentes desafios, desde o desporto de alta competição à moda das passarelas mundiais. Isto traduz-se em roupas do futuro, que se costuram hoje com a ideia de que não se trata apenas de tecidos que servem para cobrir o corpo mas de tecidos que são verdadeira tecnologia que se pode vestir.
Tecidos que respondem ao utilizador e que podem, por exemplo, comunicar, conduzir energia, transformar-se ou expandir-se. Entre as tendências, seja de desporto ou de alta-costura, trabalha-se com recurso a materiais que têm por foco ou a performance ou o apelo estético.
No mundo da exploração espacial e engenharia militar sempre se procuraram os tecidos que camuflam, que são impermeáveis ou que garantem proteção contra impacto. Se a segurança e proteção do corpo sempre foram prioridades que entraram nos cálculos na altura de projetar e elaborar de fardas, seja militares seja para trabalhos especializados, agora chegámos a uma nova área de potencialidades com tecidos resistentes a radicações, ou tecidos hidrofóbicos completamente impermeáveis à água ou à poluição
Ao longo dos tempos, criámos peças específicas para teatros de guerra, como coletes à prova de bala ou camuflados para diferentes ambientes mas também para cenários onde a fragilidade do corpo se torna evidente e é preciso protegê-lo, seja para dar seguimento a aventuras em desafios extremos ou para dar espaço de voo à exploração espacial.
São tecidos inteligentes que ajudam a regular a temperatura do corpo, a controlar as vibrações dos músculos e a garantir maior capacidade de resistência aos elementos da natureza, reduzindo, por exemplo a resistência ao vento. Todos estes elementos podem ser medidos graças aos sensores desta tecnologia de vestir e enviados para o smartphone de forma a melhorar a performance desportiva.
No mundo da moda há tecidos que mudam de cor, que se iluminam e acendem ou que emitem vibrações, calor ou sons são tendências dos desfiles mais tecnologicamente avançados. Aos poucos as variantes chegam ao mercado com a medicina a propor tecidos que libertam os medicamentos de que o corpo precisa, que registam e enviam os sinais biomédicos mas também já há propostas para peças de vestuários que emitem perfume, que hidratam o corpo, como um creme ou que têm propriedades que retardam o envelhecimento. Também há propostas mais ousadas como a da Intimacy 2.0 que propõe roupa que se torna progressivamente mais transparente quanto mais "quente" fica o ambiente.